Comunidade que aprende

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Imagem1“A forma mais poderosa de aprender, a forma mais sofisticada de desenvolvimento dos docentes, não vem da escuta de palavras bonitas de alguém, mas de partilhar aquilo que sabemos com os outros. Ao refletirmos no que fazemos, ao sermos coerentes, ao partilhar e articular o nosso conhecimento, estamos a construir algo de significativo, estamos a aprender”. 
J. Barth 

“Sugerimos, portanto, que a todos os níveis, se canalize uma boa proporção dos recursos destinados ao desenvolvimento dos docentes, não para ações de formação contínua, mas para a criação de oportunidades para os professores aprenderem uns com os outros, observarem-se mutuamente e desenvolverem redes de contactos entre si” (Fullan e Hargreaves, 2001: 174). 

Ancorado nestes dois autores, deixo curtas palavras sobre um momento de grande significado numa comunidade que gostamos de chamar aprendente.

Terça feira, 17.00h, sala de informática. Vinte e quatro professores, depois de um dia cheio e intenso marcado no rosto, reúnem-se pelas melhores razões. As mesas são generosas e agradáveis. Os computadores, arrumados ao centro, escondem-se atrás de monitores que, depois de engolirem passwords, disponibilizam o que todos procuram: Plataforma Moodle (Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment).

Na sala sente-se o desejo da partilha e da descoberta. Sente-se a proximidade e a gratidão. Na escola de D. Bosco, professores formam professores, colegas ajudam outros colegas a utilizarem ferramentas informáticas de apoio ao ensino e à aprendizagem, que facilitam o contacto com os alunos, que possibilitam a transferência e partilha de materiais didáticos, a organização de grupos, fóruns, questionários, a consulta disponível em qualquer momento, o tão precioso feedback, para além de outras funções.

Hoje os formadores chamam-se Rui Dias e Rui Costa: os Ruis. Conhecedores do potencial desta ferramenta, por iniciativa própria disponibilizaram-se para receber todos os colegas interessados em aprender ou aprofundar conhecimentos no domínio deste software. A comunicação, sem surpresas, é clara e amável.  O ambiente é descontraído com professores de olhos gulosos nos vários ecrãs disponíveis na sala. Mais um passo no trabalho colaborativo entre docentes e no aproveitamento da grande riqueza que, todos sabemos, mora nesta escola.

José Morais | Diretor Pedagógico