Sofia Barbato
Este livro retrata uma crise que ocorreu nos anos trinta nos Estados Unidos e acompanha a história da família Joad na sua jornada para o Oeste após terem perdido a casa devido à substituição da mão de obra por máquinas. Assim, ao longo da história, vê-se como esta família se vai habituando à nova maneira de viver, na estrada, à procura de trabalho, ou em campos de pêssegos e de algodão a trabalhar, lutando pela vida.
As vinhas da ira é uma das principais obras de John Steinbeck, um escritor americano, e tem como título original “The grapes of wrath”. Além disso, esta obra foi publicada pela primeira vez em 1939 pela editora “the viking press”. Este livro retrata uma crise que ocorreu nos anos trinta nos Estados Unidos e acompanha a história da família Joad na sua jornada para o Oeste após terem perdido a casa devido à substituição da mão de obra por máquinas. Assim, ao longo da história, vê-se como esta família se vai habituando à nova maneira de viver, na estrada, à procura de trabalho, ou em campos de pêssegos e de algodão a trabalhar, lutando pela vida.
Por um lado, John Steinbeck, ao ter vivido durante estes acontecimentos, conseguiu representar perfeitamente e de maneira pormenorizada a vida dura que todas estas pessoas tiveram. Assim, os Joad, ao percorrem a estrada de dia e ao pernoitarem em acampamentos com outras famílias nas mesmas condições, mostram como as pessoas na altura se juntavam e se apoiavam umas às outras nos momentos de desespero, de fome e de tristeza, e como, apesar das condições precárias em que viviam, conseguiam manter-se fortes e continuar o caminho. De facto, entre 1930 e 1939, grande parte das pessoas que foram despejadas das suas casas dirigiam-se para o Oeste, nomeadamente para a Califórnia, pois tinha-lhes sido dada uma imagem dessa região como um sítio paradisíaco, como está retratado nesta obra de forma realista.
Por outro lado, o título As vinhas da Ira relaciona-se dubiamente com o contexto da história ao referir-se não só à raiva que todas as famílias, incluindo os Joad, sentiam pelos proprietários das suas antigas casas, que os haviam despejado, e pelos donos das terras da Califórnia, que lhes pagavam muito pouco pelo seu trabalho árduo, mas principalmente à raiva nascida da miséria e da fome vividas por estas pessoas. Adicionalmente, “as vinhas da ira” refere-se metaforicamente à grande quantidade de pessoas que procuravam uma vida melhor, tal como os Joad, resistindo a um futuro incerto e indefinido, à semelhança do que acontece quando se está no meio de uma vinha e se tenta encontrar o seu fim com o olhar.
Em conclusão, esta obra fascinante retrata, de uma forma cativante, a crise que ocorreu nos anos trinta nos Estados Unidos ao contar as peripécias e acontecimentos de uma família do Oklahoma. De facto, esta fascinante história relaciona-se com o título de uma maneira pouco clara, ao traduzir a quantidade de pessoas que estavam nas mesmas condições dos Joad. Resumindo, As vinha da ira não é só mais um livro de John Steinbeck, mas uma profunda história sobre a dignidade humana em condições desesperadas.
Sofia Barbato, 10.º E3