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A voz dos alunos: 2.º ciclo

Maria Machado José

A passos largos, o ambiente carinhoso vivido na “casa” do segundo ciclo contagiava. Sempre senti que tinha alguém disponível para me ajudar. Cada dia foi de certa forma especial, único, fazendo-me crescer em todos os sentidos. É, nesta fase da vida, que começamos a descobrir a nossa identidade e a marcar o nosso espaço, a planear um futuro, que aos nossos olhos, ainda está bastante longínquo, mas isso não nos impede de sonhar.

Bom dia,

Antes de mais, agradeço o convite para estar aqui, nesta simpática manhã, a partilhar convosco a minha experiência pelo segundo ciclo. Depois, uma palavra de agradecimento, também, a todos os presentes nesta simbólica cerimónia.

Passando, agora, para o meu propósito, começo por sublinhar que a entrada no segundo ciclo é, sem dúvida, um marco importantíssimo na vida de qualquer aluno, que deixa a inocência de um primeiro ciclo, e, sem se dar conta, começa a escrever um novo capítulo da sua vida.

No quinto ano, apresentam-se novos professores e, com eles, surgem novas matérias. A par destas primeiras diferenças, eis que é inevitável destacar a “luta” diária em organizar os dossiês, manuais e outros materiais em espaços, aparentemente, minúsculos, a que chamam “secretária” e “cacifo”.

Sim, na verdade, a secretária ainda tem um segredo conhecido como a “banheira”, onde conseguimos colocar os manuais, mas o cacifo é apenas um pequeno quadrado amarelo de madeira embutido numa das paredes da sala de aula. Recordo-me bem da confusão da ida aos cacifos e da sensação de alguma frustração que isso me fazia sentir.  Parecia que, dia após dia, o meu cacifo encolhia.

Mais tarde, as dificuldades, que julgava impossíveis de solucionar, tornaram-se, lentamente, verdadeiras conquistas e as metas, antes inalcançáveis, foram atingidas com sucesso, com a ajuda e colaboração de quem me rodeava: pais, amigos, auxiliares e professores.  Hoje, já consigo afirmar que tudo fazia sentido, pois, como todas as mudanças, é preciso dar tempo ao tempo, para nos adaptarmos a uma nova realidade.

A passos largos, o ambiente carinhoso vivido na “casa” do segundo ciclo contagiava. Sempre senti que tinha alguém disponível para me ajudar. Cada dia foi de certa forma especial, único, fazendo-me crescer em todos os sentidos. É, nesta fase da vida, que começamos a descobrir a nossa identidade e a marcar o nosso espaço, a planear um futuro, que aos nossos olhos, ainda está bastante longínquo, mas isso não nos impede de sonhar.

Por falar em sonhos, quem é que é capaz de se esquecer das visitas de estudo, dos ensaios e da festa de Natal, do passeio final de ano e das festas que tão bem caracterizam a identidade da Escola Salesiana? Julgo que ninguém. É impossível! São apenas dois anos, neste ciclo, mas vivem-se dias intensos, cheios de energia, diversão e muita alegria!

O segundo ciclo ensinou-me a ser uma aluna mais responsável, autónoma e com mais valores. Aprendi a confiar, a respeitar, a ser mais próxima dos outros.

Quase a terminar, deixo a minha gratidão a todos os professores, funcionários e colaboradores que estiveram presentes neste caminho repleto de aprendizagens e conquistas.

Agradeço, igualmente, aos meus pais e à minha família, por me apoiarem e acreditarem em mim.

Por fim, saliento uma frase de Dom Bosco, que devemos todos guardar na memória e no coração para fazer acontecer: “Educar é coisa do coração”. Todos temos um papel a desempenhar na escola e, como tal, todos devemos contribuir para fazer dela um espaço de alegria e conhecimento.

Muito obrigada.
Boa cerimónia!

Maria Machado José