Lúcia Paulino
A senhora Professora Teresa Paiva realçou a importância do sono e da sua qualidade na saúde, na eficiência e, consequentemente, na felicidade das pessoas. Salientou que o déficit de sono observado resulta de um complexo multifatorial, onde a ineficiente gestão do tempo e as amplas expectativas de cada um colidem com a necessidade fisiológica do repouso retemperador que permite reorganizar o equilíbrio do corpo, encontrando-se esta condição associada ao desenvolvimento de diferentes patologias, entre os quais as questões oncológicas.
No passado dia 3 de novembro, teve lugar a conferência dinamizada pela pastoral e pelo grupo de trabalho do projeto “De pais para pais”, relativamente à importância do sono, em especial nas crianças.
A conferência contou com a presença da Senhora Professora Teresa Paiva, neurologista e especialista nas matérias do sono e do dormir, tendo sido moderada pelo jornalista e pai de um aluno do colégio, João Maia Abreu.
A senhora Professora Teresa Paiva realçou a importância do sono e da sua qualidade na saúde, na eficiência e, consequentemente, na felicidade das pessoas.
Salientou que o déficit de sono observado resulta de um complexo multifatorial, onde a ineficiente gestão do tempo e as amplas expectativas de cada um colidem com a necessidade fisiológica do repouso retemperador que permite reorganizar o equilíbrio do corpo, encontrando-se esta condição associada ao desenvolvimento de diferentes patologias, entre os quais as questões oncológicas.
Foi ainda referido que a distorção dos ciclos de sono, associados ao ritmo de vida moderno se verificam em todas as faixas etárias, sendo certo que, em Portugal, se tem intensificado a coincidência entre os horários de trabalho com início muito cedo e com término muito tarde, em que a jornada de trabalho, associada aos percursos de e para o trabalho, é acompanhada pelo horário escolar. Por seu lado, a escola evoluiu de forma a acompanhar esta necessidade de manter as crianças em “ambiente seguro” e em “regime de aprendizagens diversificadas”, em que ao mesmo tempo que aguardam que os pais retornem do seu trabalho, se aproveite para trabalhar competências.
A importância da inversão deste paradigma, por todos nós, aproximando o ritmo moderno de vida ao ciclo circadiano, com o respeito por períodos de sono entre as 10 e as 12 horas para crianças e jovens e 7 a 8 horas para os adultos, tendencialmente coincidentes com o ocaso e amanhecer, é fundamental para uma sociedade mais saudável, mais eficiente e, consequentemente, mais feliz.
Lúcia Paulino | Mãe e membro da equipa de trabalho do projeto pastoral “De Pais para Pais”




