O 5.º ano terminou o semestre de ICLC. Num terceiro período intenso de atividades e avaliações, procurou-se respeitar as origens da disciplina na cultura greco-romana e pôr em prática a máxima latina “PRIMA LECTIO BREVIS ULTIMA NON DATUR” (que se aplica no contexto da aula, em que a primeira deve ser breve e a última não se dá) e a origem etimológica da palavra “escola” (que nos chega através do latim schola, por sua vez do grego skholé, que transmitia a ideia de ócio, tempo dedicado a interesses individuais, no qual encaixava o enriquecimento cultural).
Assim, pintámos o alfabeto grego, construímos e usufruímos da “Biblioteca Clássica”, lendo livremente, sujámos as mãos a fazer projetos para participar nas “Olimpíadas da Cultura Clássica”, desenhámos radicais gregos e latinos, conversámos sobre os 500 anos de Camões, a sua obra Os Lusíadas e o quanto foi inspirar-se em epopeias clássicas. No meio, as pesquisas para o ITINERARIVM (trabalhos que demonstram a presença da cultura e das línguas clássicas no quotidiano dos alunos) e uma exposição destes trabalhos pouco tradicional, uma vez que permitia que os alunos vissem e pegassem nos trabalhos dos colegas, ao longo de mesas no corredor, podendo lê-los, tirar ideias, perceber o que outras turmas tinham feito. Talvez não fosse nem bonita nem arrumada, mas era deles e para eles. Tal como esta disciplina, que se constrói e reconstrói todos os anos, por eles, com eles e para eles. Os alunos.
Magistra Joana Nogueira
Testemunhos de pais
Consideramos importante a disciplina de ICLC, pois traz conhecimento e compreensão do mundo atual.
Lourenço Cumbre e Maria Mascarenhas, pais do José Cumbre, 5.ºB
O meu pai disse “Esta disciplina permite aos alunos conhecer as raízes da civilização ocidental, explorando a herança greco-romana que influenciou a língua portuguesa, a literatura, a arte a filosofia, e o direito. A minha mãe disse “É importante conhecer as línguas clássicas porque nos permitem conhecer aspetos do nosso passado e melhorar a nossa cultura geral.”
Ricardo Adão e Filipa Nobre, pais da Leonor Adão, 5.ºB
A disciplina de ICLC proporcionou uma visão sobre as civilizações greco-romanas, focando-se nos seus legados linguísticos, culturais e intelectuais. Permitiu compreender o funcionamento básico das línguas clássicas – o latim e o grego antigo – e a origem de muitas palavras das línguas europeias modernas. Esta disciplina permitiu ainda viajar pela mitologia, filosofia, literatura e modelos políticas da Antiguidade, reconhecendo-se nesta nestes a base de muitos valores e conceitos presentes na sociedade contemporânea, como a cidadania, a justiça, o ideal estético e a racionalidade. O estudo das culturas clássicas estimula a capacidade crítica, a sensibilidade histórica e o pensamento comparativo, essenciais para aquisição das competências interpretativas e reflexivas das diversas áreas do conhecimento.
Mariana Oliveira, mãe do Francisco Oliveira, 5.º D
Eu sou a mãe da Beatriz Mota Costeira do 5.ºF e venho por aqui demonstrar a minha satisfação pela frequência da minha filha na disciplina de ICLC. A Beatriz demonstrou maior interesse pela cultura clássica, o que permitiu perceber vários elementos do património cultural e linguístico que nos rodeia. A Beatriz identificou a cultura clássica na origem de certas palavras, nos monumentos que visitámos, em algumas marcas, o que irá ser uma mais-valia na sua cultura geral.
Professora Joana, agradeço a dedicação e o conhecimento que foi transmitido e adquirido com interesse.
Bom trabalho!
Teresa Mota Lourenço, mãe da Beatriz Costeira, 5.º F
O estudo da cultura e línguas clássicas, mesmo que de forma introdutória, é extremamente relevante no contexto escolar de jovens que frequentam segundo ciclo. Como profissional de letras, eu sempre estive interessada em saber mais sobre os fundamentos da linguagem e também os estudos culturais. Fico muito satisfeita com a chace que o meu filho tem de já ter contacto com esta disciplina. Podemos entender mais sobre o mundo em que vivemos e reconhecer a importância das ciências humanas.
Júlia Sereno, mãe do João Sereno, 5.º B
Eu, Pedro Frade, pai da Maria Clara Simões Frade, número dezoito, do quinto G, venho por este meio expressar o meu agrado pela existência desta disciplina no quinto ano. Na minha opinião, contribui para o enriquecimento da cultura geral dos alunos, com o enquadramento histórico das origens da nossa língua e cultura. Acrescento ainda que a minha filha gosta muito da disciplina, dos seus conteúdos, especialmente da “descoberta” de palavras e da sua origem.
Pedro Frade, pai da Clara Frade, 5.º G
A Teresa mostrou-se sempre muito entusiasmada e motivada com as aprendizagens da disciplina de ICLC. Partilhou connosco muitos conhecimentos que foi aprendendo ao longo das aulas. Senti que a Teresa gostou muito desta disciplina, onde fez várias pesquisas para partilhar com os colegas. Mostrou-se sempre atenta a palavras que encontrava no dia a dia em latim ou grego, tentando compreender o seu significado e, posteriormente, partilhando com a turma.
Joana Fino, mãe da Teresa Fino, 5.º A
Considero uma disciplina enriquecedora da cultura geral dos alunos, conseguindo manter os alunos interessados, tentando familiarizá-los com alguns conceitos mais densos, dotá-los de ferramentas para entender como comunicamos e melhorar o pensamento crítico.
Rui Freitas, pai do Rodrigo Freitas, 5.º E
Acho muito relevante a inclusão da disciplina de ICLC no currículo escolar do quinto ano. A nossa matriz cultural é um “património” que devemos preservar. Como tal, o estudo das culturas e línguas clássicas é a melhor forma de dar continuidade a essa ligação imaterial. O presente e muitos aspetos da sociedade atual podem ser melhor percecionados com melhor conhecimento/entendimento da nossa herança clássica; da língua à democracia, com passagens pela arte e pela história.
Marta Reis, mãe da Benedita, 5.ºC
Considero que as aulas de Introdução à Cultura e Línguas Clássicas são extremamente importantes para a formação da minha filha, não apenas no aspeto académico, mas também no desenvolvimento pessoal. Através do estudo do latim, do grego e da cultura clássica, ela desenvolve não só competências linguísticas, mas também uma maior capacidade de raciocínio, análise, reflexão e compreensão do mundo que a rodeia. Além disso, acredito que este tipo de conhecimento fará diferença na forma como se irá expressar, interpretar e comunicar ao longo da vida. Realizar o ITINERARIVM foi uma atividade muito divertida e educativa. Através das pesquisas que a minha filha realizou, eu própria também aprendi coisas novas. Foi uma oportunidade enriquecedora para todos cá em casa e noto-a, inclusive, mais atenta a determinados pormenores nas embalagens, nos livros, nos museus e em outras situações do quotidiano – o que demonstra como este tipo de aprendizagem desperta a curiosidade e o olhar crítico.
Sónia Arraióis e António Claro, pais da Maria Inês Claro, 5.ºA
Fui desafiada pela minha filha Maria Benedita Abrantes a partilhar o que penso sobre a disciplina de ICLC. Deixo assim as minhas brevíssimas reflexões.
A compreensão da cultura clássica nas suas várias vertentes (história, arte, língua, pensamento e outras) é determinante para a compreensão da cultura e do pensamento atuais. A influência clássica está presente em diversas manifestações da cultura nos países ocidentais, como Portugal.
Um dos principais exemplos dessa influência é a língua portuguesa que – tal como outras línguas, como o espanhol, o italiano ou o francês – deriva em grande parte do latim.
Para além disso, há imensas expressões em latim que continuam a ser comummente utilizadas, sobretudo nalgumas áreas profissionais. Em profissões ligadas à área jurídica, como é a minha, continuamos a usar na nossa comunicação quotidiana expressões latinas, tais como:
. Erga omnes
. Pacta sunt servanda
. Habeas corpus
. Modus operandi
. Conditio sine qua non
. Periculum in mora
Claro que igualmente podem ser utilizadas, em sua substituição, as traduções para português destas mesmas expressões, mas a utilização da expressão original em latim continua a ter um impacto próprio que faz com que a língua, apesar de não ser uma língua falada nos dias de hoje, continue a ser uma língua viva porque utilizada em contextos específicos, como o contexto religioso ou a área jurídica.
Entendo assim, por estes e outros motivos que aqui resumi, que a disciplina é importante em contexto escolar.
Catarina Morgadinho Barata, mãe da Benedita, 5.º B
Após a primeira aula de ICLC, notei logo na Luísa o interesse pela disciplina. Dirigiu-se logo à “biblioteca” de casa para procurar livros para poder fazer trabalhos para apresentar à turma. Esse livros já existiam cá em casa porque o irmão mais velho já tinha tido a disciplina e, como também se mostrou interessado, a “biblioteca” cresceu nesse sentido. Eu própria acabo por estar também mais atenta ao que me rodeia, fazendo também eu as minhas “partilhas” com a professora da disciplina.
Lília Andrade, mãe da Luísa Silvestre, 5.º H