Departamento de Ed. Física
Esta prova, que atravessa terrenos variados como relva, terra e zonas arborizadas, vai além de uma simples competição atlética. Para instituições como a nossa, representa um pilar fundamental na formação integral dos jovens, promovendo não só a saúde física, mas também a resiliência mental, o espírito de equipa e a superação pessoal. […] O significado transcende o aspeto desportivo. Representa a formação de carácter: ansiedade antes da largada transforma-se em motivação; dores durante a corrida ensinam resiliência; passar a meta um sinal de compromisso mínimo assumido que molda valores de futuro e o pódio simboliza o reconhecimento do trabalho árduo.
Esta prova, que atravessa terrenos variados como relva, terra e zonas arborizadas, vai além de uma simples competição atlética. Para instituições como a nossa, representa um pilar fundamental na formação integral dos jovens, promovendo não só a saúde física, mas também a resiliência mental, o espírito de equipa e a superação pessoal.
Nas escolas portuguesas, o corta-mato é uma “tradição emblemática” do calendário anual, muitas vezes realizado no outono ou inverno, com fases escolares, regionais e nacionais. Ele oferece uma oportunidade para promover a saúde, a amizade e o espírito desportivo. Em contextos educativos, ganha um significado ainda mais profundo, alinhando-se à filosofia de Dom Bosco, que via o desporto como meio para educar o corpo, a mente e a alma. Uma educação holística que combina estudo, espiritualidade e lazer. O desporto é central nesse modelo, pois “um pátio animado é o coração da casa”. O corta-mato exemplifica isso: é uma atividade que testa as capacidades físicas e psicológicas, incentivando os jovens a superar desafios e a valorizar o esforço coletivo. O significado transcende o aspeto desportivo. Representa a formação de carácter: ansiedade antes da largada transforma-se em motivação; dores durante a corrida ensinam resiliência; passar a meta um sinal de compromisso mínimo assumido que molda valores de futuro e o pódio simboliza o reconhecimento do trabalho árduo.
Nos Salesianos de Lisboa, o corta-mato é uma tradição anual que remonta a décadas, evoluindo de uma simples corrida escolar para um evento emblemático. Realizado tipicamente em novembro, no Centro Desportivo Nacional do Jamor – um local icónico e com as condições adequadas.
As condições do Centro Desportivo Nacional do Jamor são ímpares para uma prova desta natureza. O terreno é amplo e variado, com zonas de relva, de terra e de floresta. Isto permite que a prova seja desafiante e emocionante para todos os participantes. Os alunos do Colégio preparam-se com empenho para esta prova. É uma prova tradicional do Colégio, que conta com a participação de alunos de todos os anos de escolaridade. É uma oportunidade para os alunos mostrarem o seu talento e espírito desportivo. A prova decorreu em dois dias, sendo que no dia 27 de novembro participaram os alunos do 1.º ao 4.º ano de escolaridade, e no dia 28 de novembro participaram os alunos do 5.º ao 12.º ano de escolaridade.
Desafios e Legado Futuro
No corta‑mato vê‑se muito do que é ser salesiano: professores ao lado dos alunos, a puxar por eles, colegas a ajudar quem fica para trás, vitórias celebradas e uma alegria barulhenta mas saudável, muito no espírito de Dom Bosco. Correr torna‑se apenas o pretexto para educar para a resistência, para a fé em si mesmo e para o cuidado com os outros, num ambiente simples, próximo e familiar.
Para uma casa salesiana como a de Lisboa, o corta‑mato é quase como um grande “pátio de Dom Bosco” ao ar livre: um dia em que toda a escola corre, mas também se encontra, se anima e se descobre. A prova passou a fazer parte da identidade do colégio, porque ano após ano os alunos crescem com esta experiência de esforço, amizade e alegria, e muitos antigos alunos guardam memórias fortes desses dias no Jamor.
Em tempos de digitalização, o corta-mato contraria o sedentarismo, alinhando-se a iniciativas nacionais para uma juventude mais ativa.
Em conclusão, o corta-mato é mais que uma corrida: é um rito de passagem que encarna a tradição lisboeta de excelência educativa. Une gerações, fortalece laços comunitários e perpetua os valores de Dom Bosco, provando que, no “pátio” da vida, o esforço sempre leva à meta.
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