Uma visita ao Convento de Mafra

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Gonçalo Carrondo

“O contacto direto com o espaço que serviu de inspiração para o autor permitiu relacionar a ficção com a realidade histórica. Deste modo, a imponência do convento tornou-se mais do que uma simples referência nos livros e na imaginação de cada um.”

No dia 21 de maio, os alunos do 12.º ano realizaram uma visita ao Convento de Mafra, no âmbito da disciplina de Português, no estudo da obra Memorial do Convento, de José Saramago. O dia dividiu-se em duas fantásticas partes: uma excursão guiada pelo convento, durante a qual foram destacados os locais mais emblemáticos relacionados com o romance, e a visualização de uma peça de teatro, baseada no mesmo. O contacto direto com o espaço que serviu de inspiração para o autor permitiu relacionar a ficção com a realidade histórica. Deste modo, a imponência do convento tornou-se mais do que uma simples referência nos livros e na imaginação de cada um.

A visita guiada destacou elementos como a grandiosa biblioteca do convento, os aposentos reais e os intermináveis corredores, remetendo para o contexto histórico do século XVIII. Os guias que nos acompanharam souberam envolver de forma ativa os alunos, explicando os pormenores arquitetónicos e relacionando-os com passagens do romance, o que permitiu uma compreensão mais rica da narrativa. Por sua vez, a peça de teatro deu vida às personagens de Baltasar, Blimunda, Padre Bartolomeu de Gusmão e do próprio rei D. João V. A interpretação dos atores ajudou a recontar a história e a reforçar o impacto da mensagem crítica do autor, aspetos essenciais para a compreensão desta matéria.

Assim, considero que o colégio deverá dar continuidade a esta visita, pois permitiu a todos captar a essência da obra de Saramago, revelando-se uma grande ajuda para o estudo da obra no contexto do exame nacional. Para além disso, proporcionou aos alunos um dia diferente da rotina habitual, o que é fundamental, visto que momentos como este despertam a curiosidade e incentivam aprendizagens dinâmicas e significativas.

Gonçalo Carrondo, 12.º T1